domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ciumaria


Ah, Maria, quando a poesia...
Quando a poesia aporta à margem de mim
Sou todo rima a enaltecer o que é belo
E maldizer o que não é.

Sou zelo, apego e ciumaria
Quando a nostalgia aborta as claves em mim.
Sou todo cisma de amor amarelo
Enlaçando-te os pés

Como devotado inepto
A acariciar-te o ego
E beijar-te a mão de anéis.

Se isso fosse bom remédio
Não me açoitaria o tédio
Com socos e pontapés.

Envelheço de tão sério
Adoeço de tão velho
Adormeço ainda de pé

Feito arranha-céu babélico.
Sou Romeu psicodélico,

Me embriago com café.

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