quarta-feira, 16 de julho de 2014

Luíza

Toda quarta é de cinzas
(Os outros dias também são)
Todo mundo é ranzinza
Nesse canto do porão.

Vou-me embora com Luíza
Porque o sol já está morrendo
Se ela tem medo ou preguiça
Trago a rua aqui pra dentro.

Toda noite é menina
Todo medo é sem razão
Todo encontro é poesia
Toda a vida um só refrão.


Vou lá fora por Luíza
Contra o tempo, atrás do vento
Se ela tem frio ou fadiga
Trago a lua aqui pra dentro.

Melhor é enlouquecer
Aos poucos ou de uma vez só?
Maior é meu amor
Ou meu costume de ser só?

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