Pensei em me atirar
No Capibaribe
Pra virar Recife.
Talvez conseguisse assim
Te desinventar de vez.
Apesar de si,
Todo mundo ama
Todo amor é arte.
Chamo de poema...
Como você chama?
Divergir faz parte.
Todo mundo é som
Toda vida é dom
Quem olha de ouvidos
Fechados não sabe
O que busca.
Sou preto, sou branco
sou riso, sou pranto
sou música.
Toda cor é tom
Todo amor é bom
Quem ouve de olhos
Fechados não sabe
O que busca.
Sou doido varrido
Pirralho fedido
Sou puta.
Todo canto é chão
Todo luto é vão
Não lhe disseram,
(Todo mundo ama)
Disseram?
(Todo amor é arte)
Todo mundo é som
Toda vida é dom
Toda cor é tom
Todo amor é bom.
Poesia Para Leigos
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Contra-Poema
Te amo, estás ciente?
Guardei o nosso amor
Outrora inexistente
Numa canção alegre
Pra te fazer presente.
E, seja como for,
Ingloriosamente
Meu coração adere
(Palhaço descontente)
A tudo que é cor
A tudo que não mente
A tudo que difere.
Guardei, estás ciente?
Numa canção de
amor
Um tanto
irreverente
O nosso amor
alegre.
Palhaços Tristes
That love song so down
Me traduz.
Palhaços tristes dançam valsa
Ao som de blues.
Aquele velho disse
Pra seguir a luz
E o fim do túnel era
O fundo do poço.
Amor...
Tire o mundo
Das costas, amor,
E já vamos embora.
Vai ficar pra mais um drinque
Ou vai dizer que nosso caso
Foi amor de carnaval?
Leve todos
Os meus demônios
Com você
Como um brinde
Do Mc Donald's,
Afinal...
Amor
Está fora
De moda.
Meu amor,
Amor é coisa
Simplória.
Só existe
O agora,
Amor!
Tire o mundo
Das costas.
Propriedade
Aqui dentro a poesia
Se contorce como um anjo
Caído nas graças
De si mesmo.
Meu
verso é meu!
Cão perdido lambe a pata,
Late pros estranhos...
E todos são estranhos.
Meu
verso é meu...
Quantos não feri
De um só golpe
Na minha luta por paz?
É
meu...
Me ame
Ou te mato
Com as flores
Que te trouxe.
Meu...
Poeta burro!
Teus versos nada podem
Contra a dor de teus irmãos
Injustiçados.
Teu ídolo é um gênio
Incapaz de amarrar
Os cadarços.
Teu grito é alto
Mas tua voz é rouca
E mal se ouve lá de baixo.
Negas abrigo
A teus desafetos
Na esperança tola
De matá-los de fome
Sem saber que tua cama
É para os desgraçados
Leito de morte.
É sendo
Que se aprende a ser;
Amando
Que se aprende a amar.
Meu
verso...
Toma!
Pode
ficar.
Razão Dos Mais Fortes
Corações
partidos
Fazem guerra,
Corações vazios
Lutam elas.
Fiz aniversário
Na cadeia.
Mãe, o teu
cuidado
É uma cela.
O canto dos
malditos
Me interessa.
Há algo de
faminto
Na favela;
No sonho que
percorre
Minhas veias
E no sorriso
triste
De Isabela.
Asseveração
Éramos jovens, astutos...
E de tanto procurar, achamos
A verdade absoluta.
A verdade é dissoluta.
A verdade é uma puta
Com as pernas sempre abertas.
"Certo, errado, errado, certo,
Errado, certo, certo, certo..."
Como, pois, decidiremos
Qual o tolo mais esperto?
Fica comigo, pequena...
Só mais um pouco!
Mais um pouco
E mais um pouco
E pouco a pouco
Vai ficando.
Não me deixe
Escolher sozinho
A cor do carpete,
O lado da cama,
Quantas gotas
De adoçante
No café.
Não sei da verdade.
Não quero saber.
Não me conte!
Narcisistas de uma figa!
Querem que eu seja bom.
Não! Prefiro ser estúpido.
Os bons marcham
Em linha reta.
São chamados heróis
Quando advogam
Causas próprias.
Cerram seus punhos
E dentes e mentes
E matam e morrem...
Por quê?
Só escrevo poemas...
Poemas, meu Deus!
Pra que servem?
Fica, pequena,
Mais um pouco.
E mais um pouco
E pouco a pouco
Vai ficando.
Tragédia De Um Sabe-Tudo
A vida
É um relógio parado.
Às vezes me desgasto
Tentando ver as horas
Mas não vejo nada.
Será que do outro lado
Algum desocupado
Ri da minha cara?
Quanta idiotice!
“A vida é um relógio...”
A porra de um relógio,
E nem sei o que marca.
Dizem que melhora
Com o passar do tempo,
Mas não é o tempo!
Sou eu quem passa.
Assinar:
Comentários (Atom)