Cansado de
saber,
Serrou os pulsos
como quem
Derruba uma
árvore.
Viver é
cansativo.
A alma é
passível
De tédio quando
à margem
Do rio, sem
coragem.
O tédio é
incisivo.
Dois olhos
faroleiros
Vigiam a
cabotagem,
A insânia, a
parolice
De cada homem
marinho
Cada forasteiro
Sem voz, sem
foz. Cem mares
Encapelados
jazem
No leito de um
rio.
Careca de saber,
Cerrou os punhos
como quem
Se apronta pra
combate
E mergulhou sem
siso.
Bobagem. Sou um rio
Barroco e sem barragem
A seguir viagem.
Deságuo no pacífico.
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