segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Propriedade

Aqui dentro a poesia
Se contorce como um anjo
Caído nas graças
De si mesmo.

Meu verso é meu!

Cão perdido lambe a pata,
Late pros estranhos...
E todos são estranhos.

Meu verso é meu...


Quantos não feri
De um só golpe
Na minha luta por paz?

É meu...

Me ame
Ou te mato
Com as flores
Que te trouxe.

Meu...

Poeta burro!
Teus versos nada podem
Contra a dor de teus irmãos
Injustiçados.


Teu ídolo é um gênio
Incapaz de amarrar
Os cadarços.

Teu grito é alto
Mas tua voz é rouca
E mal se ouve lá de baixo.

Negas abrigo
A teus desafetos
Na esperança tola
De matá-los de fome

Sem saber que tua cama
É para os desgraçados
Leito de morte.


É sendo
Que se aprende a ser;

Amando
Que se aprende a amar.

Meu verso...
Toma!
Pode ficar.

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